quarta-feira, 30 de maio de 2012


Progressão continuada + ciclos = aprovação automática?


No ensino fundamental, o Brasil possui duas formas básicas de ensino: o ensino por séries ou por ciclos. O primeiro tipo pressupõe que cada aluno com desempenho insatisfatório seja reprovado ao final do ano letivo. Já o ensino por ciclos, os alunos devem obter habilidades e competências em um ciclo, onde não está previsto a repetência, mas sim, a recuperação dos conteúdos por meio das aulas de reforço, usa-se o termo de progressão continuada.
O sistema de ciclos é um processo através do qual a aprendizagem se dá por etapas ou fases, cujos conteúdos significativos são avaliados sistematicamente para se alcançar os objetivos do final do ciclo, respeitando o ritmo e capacidade dos alunos.
O ensino, então, por ciclos, funciona da seguinte forma: os alunos devem obter as habilidades e competências, em geral a duração é mais que um ano. Neste período é trabalhado a recuperação dos conteúdos por meio de aula de reforço, usando-se o termo de progressão continuada. A progressão continuada não prejudica o aprendizado, a repetência, por exemplo, não resulta em ganho para os que estão repetindo. Em comparação de alunos com as mesmas dificuldades, os que progridem na escola obtêm vantagens sobre os repetentes, tendo oportunidade de continuar com o mesmo grupo de colegas recuperando parte das habilidades esperadas. Para que o ensino por ciclos e progressão continuada funcionem bem, alguns elementos são fundamentais para escola, tais como:
· Salas disponíveis para os programas de reforço e os estudos de recuperação paralelo.
· Professores habilitados e capacitados para promover estes estudos.
·  Readequação da grade curricular.
·  Classes menos heterogêneas.
·  Materiais próprios e específicos para o trabalho com alunos com dificuldades.
·  Uma proposta política-pedagógica adequada para cada escola.
·  Clareza sobre o currículo e os conteúdos que cada aluno tem que aprender.
   O problema da falta de qualidade do ensino oferecida pelas escolas públicas não está no ciclo ou na progressão continuada e sim em oferecer e garantir aos alunos o direito de aprender de acordo com os diferentes ritmos de aprendizagem e assegurar o direito do reforço ou da recuperação paralela e a participação de todos nesse processo -   a escola, os alunos, suas famílias e a comunidade.
Fonte: http://www.udemo.org.br/RevistaPP_01_05OSistemadeCiclos.htm
http://www.venenoveludo.com/2011/02/o-desgoverno-e-distorcao-como-metodo.html

terça-feira, 29 de maio de 2012

Diga não a violência escolar, dizendo não ao Bullying.





Mas afinal o que é Bullying?


     Bullying (do inglês bully, “tiranete ou valentão”) é o termo utilizado para descrever atos de violências físicas ou psicológicas, intencionais e repetitivas, praticados por um grupo ou até mesmo por um só indivíduo.
Conceituado como um conjunto de comportamentos agressivos, físicos ou psicológicos que são ocasionados sem motivos evidentes, o bullying acaba por paralisar a vítima, que não consegue encontrar um modo de se defender, sentindo-se acuado e intimidado pelo agressor. As vítimas de bullying desenvolvem grandes traumas, tais como depressões, baixa auto-estima e pensamentos negativos, chegando até, a casos de suicídio. Não existe idade para esse mal e quando as vítimas são crianças, as fugas são as mais diversas possíveis, tais como, o isolamento dos familiares e sociedade, o baixo rendimento causando uma maior porcentagem de reprovação até o abandono escolar e o surgimento de doenças que acabam por agravarem-se quando não diagnosticado corretamente, portanto a participação dos pais no que se refere a observar seus filhos diariamente torna-se fundamental. Os traumas sofridos na infância devem ser trabalhados desde o inicio, pois podem ser levados à vida adulta atrapalhando assim o profissional e o pessoal. A falta de estrutura na infância muitas vezes acaba por desenvolver adultos inseguros e esses também são vitimas, sofrendo preconceitos, humilhações e isolamentos.


Formas de Bullying



O bullying pode ser dividido em dois grandes conjuntos: o contato direto, que se caracteriza por mais violento e as vítimas chegam a sofrer agressões físicas, e o indireto, que pode até parecer menos violento, porém acarreta problemas à vítima por se caracterizar como violência psicológica.

  • Verbal: Salientar características particulares da vítima através de apelidos, sarcasmo e gozação;
  • Físico: Qualquer tipo de violência física- empurrões, pontapés, beliscões, tapas ou chutes;
  • Sexual: abusar, assediar, insinuar, violentar.
  • Emocional: Isolar a vítima, ameaçar, ignorar, chantagear ou ridicularizá-la;
  • Racista: Insultos que remetem à cor da pele, diferenças culturais, religiosas ou étnicas;
  • Cyberbyllying ou virtual: Agressões via internet. É hoje um dos tipos de bullying mais freqüentes no ambiente escolar.

Bibliografia
A&E – Atividades e Experiências. Ano 11, nº 13, setembro/2010.

quinta-feira, 24 de maio de 2012


   

O direito de ser, sendo diferente, na escola. 


     
         
    O preconceito, uma interpretação errada e tendenciosa da legislação educacional, a resistência as mudanças provocadas pela inclusão, são alguns dos fatores que segregam o ensino das pessoas com deficiência, desrespeitando o seu direito de ser diferente, na escola, distorcendo dessa forma, o sentido da educação inclusiva que é educar todas as crianças, indistintamente, no mesmo espaço escolar.
     O Brasil, em se tratando de legislação, é um dos países que mais institui leis que preservam o direito da população com necessidades educacionais especiais, podemos citar como exemplo o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, o Plano Nacional de Educação – PNE que partilham a concepção de que o aluno com necessidades educacionais especiais deve ser integrado ao meio social e estabelecem objetivos e metas para a educação de pessoas com necessidades educacionais especiais, prevêem o atendimento educacional aos portadores de deficiência, no sistema regular de ensino. 
     Devemos nos lembrar também de outros grupos de excluídos como os sem terra, os índios, negros, homossexuais, entre outros que são deixados a margem da sociedade pela nossa ação excludente de julgá-los diferentes.
     Mesmo vivendo um momento de reflexão sobre as condutas de inclusão e porque não dizer, que vivemos um momento de quebra de paradigmas, onde vários segmentos sociais lutam pelos seus direitos de inclusão na sociedade, observamos que ainda precisamos reconhecer essas pessoas que vivem a nossa volta, como cidadãos de direitos, já que almejamos uma sociedade mais democrática. É fato já avançamos muito nas discussões sobre inclusão, porém, ainda precisamos aprender a conviver respeitosamente com as diferenças de cada um, independente da sua cor, idade, condição econômica, grupo étnico, opção sexual e deficiência física ou mental.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Ao mestre com carinho...




   LEI RECONHECE PAULO FREIRE COMO PATRONO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
Filósofo pernambucano foi um dos mais importantes educadores do País

Uma lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff na semana passada declara o filósofo Paulo Freire patrono da Educação brasileira. A Lei 12.612 foi publicada no Diário Oficial da União na segunda-feira, dia 16.
Paulo Reglus Neves Freire, reconhecido mundialmente como um dos grandes pensadores da Educação, nasceu em Recife (PE), em 1921. Apesar de ter se graduado em Direito, sua trajetória perpassa o ensino e a Educação brasileira em diversos níveis, já que foi professor, diretor, pesquisador, autor e pensador da área.

Freire escreveu muitos livros, mas sua obra mais aclamada foi “Pedagogia do oprimido”, publicada em 1970
 e traduzida para mais de 40 idiomas. Nela, o educador discorre sobre um modelo de ensino menos vertical do que o instituído. O livro foi escrito no Chile, durante o período de exílio de Freire – que, no total, durou 16 anos. Ele deixou o País após ficar preso por mais de dois meses por “subverter a ordem” durante o regime da ditadura militar.

A vida acadêmica de Paulo Freire também foi bastante rica e produtiva, com uma passagem pela Universidade de Harvard. Ele pertenceu ao corpo docente da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Também ocupou cargos públicos, como de secretário de Educação no Município de São Paulo, entre 1989 e 1991.
Sua projeção internacional foi semeada especialmente com trabalhos de consultoria, prestados a diversos países em desenvolvimento – especialmente nações africanas. Freire foi homenageado em diversas instituições nacionais e estrangeiras e foi premiado pela Unesco e pela Organização dos Estados Americanos (OEA). A ele, foi outorgado o título de doutor Honoris Causa por vinte e sete universidades.

Ele faleceu em São Paulo, em 1997, menos de um mês após ter lançado sua última obra: “Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa”
.

  De Mariana Mandelli
De todos pela Educação.

Ser Pedagogo...

Ser Pedagogo é saber conhecer seu caminho, sua meta, e saber atingir seus objetivos.
Ser Pedagogo é saber lidar com o diferente, sem preconceitos, sem distinção de cor, raça, sexo ou religião.
Ser Pedagogo é ter uma responsabilidade muito grande nas mãos.
Talvez até mesmo o futuro...
Nas mãos de um Pedagogo concentra-se o futuro de muitos médicos, dentistas, farmacêuticos, engenheiros, advogados, jornalistas, publicitários ou qualquer outra profissão...
Ser Pedagogo é ser responsável pela vida, pelo caminho de cada um destes profissionais que hoje na faculdade e na sociedade nem se quer lembram que um dia passaram pelas mãos de um Pedagogo.
Ser Pedagogo é ser mais que profissional, é ser alguém que acredita na sociedade, no mundo, na vida.
Ser Pedagogo não é fácil, requer dedicação, confiança e perseverança.
Hoje em dia ser Pedagogo em uma sociedade tão competitiva e consumista não torna-se uma profissão muito atraente, e realmente não é.
Pois os valores, as crenças, os princípios, os desejos estão aquém do intelecto humano.
Hoje a sociedade globalizada está muito voltada para a vida materialista.
As pessoas perderam- se no caminho da dignidade e optaram pelo atalho da competitividade, 
é triste pensar assim, muito triste pois este é o mundo dos nossos filhos, crianças que irão crescer e tornar- se adultos.
Adultos em um mundo muito poluído de idéias e sentimentos sem razão.
Adultos que não sabem o que realmente são, al
ienados, com interesses voltados apenas pelo Ter e não pelo Ser.
Ser Pedagogo é ter a missão de mudar não uma educação retorcida, mas ser capaz de transformar a sociedade que ainda está por vir.
Pode ser ideologia pensar assim, mas como Pedagogos temos a capacidade de plantar hoje nesta sociedade tão carente de valores, sementes que um dia irão florescer.
E quem sabe essa mesma sociedade que hoje é tão infértil possa colher os frutos que só a Pedagogia pode dar.



Ser Pedagogo por Vanessa B. de Carvalho, 2007

terça-feira, 27 de março de 2012

O que caracteriza uma educação de qualidade?

 
     
     No espaço escolar todos educam. A escola tem um importante papel na sociedade, desde a transmissão de valores, a socialização, o respeito ao próximo, as responsabilidades democráticas, dentre tantos outros que são indispensáveis para a formação de cidadãos autônomos e conscientes da sua importância na construção de uma sociedade mais justa e igualitária, exigindo assim todo um processo pedagógico. Para tanto, se faz necessária a participação da família, da comunidade e da sociedade em geral, para que haja uma educação de qualidade que não deve se restringir apenas do espaço escolar. Não se pode negar que a estrutura, o apoio pedagógico, o incentivo e materiais didáticos de qualidades ajudam e muito o processo de ensino aprendizagem, mas nos dias atuais onde tudo é muito rápido, a presença da família é essencial, pois são eles que ditam valores aos quais na escola são utilizados e reaprendidos a todo instante, portanto, família e escola juntas, resultam uma fórmula de sucesso.

quinta-feira, 22 de março de 2012

"As mudanças no mundo trabalho e a educação: novos desafios para a gestão."

"As mudanças no mundo trabalho  sinalizam que o futuro profissional deve ter formação diversificada, ser versátil, autônomo, conectado e dono de um espírito empreendedor".



     Diante do novo cenário mundial desenhado pela globalização da economia, reestruturação produtiva e pelos avanços tecnológicos é sentida a necessidade de profissionais qualificados, competitivos, dinâmicos, versáteis, acessíveis e dotados de conhecimentos e habilidades, não somente em uma área específica, mas em todas as áreas do conhecimento. Em sala de aula, não poderia ser diferente, pois para promover um melhor aproveitamento e participação de todos os envolvidos no processo de aprendizagem é essencial que o professor, a pessoa responsável por mediar o conhecimento, seja um profissional polivalente, investigativo,  provocador, que busque aperfeiçoar-se constantemente e que os conhecimentos adquiridos sejam transmitidos para a sala de aula buscando  transformar pequenos alunos em grandes cidadãos, tornando-os intelectuais, desenvolvidos técnica e eticamente e comprometidos com a construção de uma nova sociedade mais igualitária.

Carta de encaminhamento


O trabalho em equipe faz a diferença.
Aos pais
     A escola tem como objetivo principal o desenvolvimento de todas as capacidades e aptidões do aluno, muitas vezes para atingir nossos objetivos, necessitamos do apoio de outros profissionais ligados área do desenvolvimento infantil, portanto, conforme já havíamos conversado na reunião de pais, estamos encaminhando o aluno João Vítor Fernandes, para uma avaliação com o Psicopedagogo, com o objetivo de identificarmos e corrigirmos qualquer dificuldade de aprendizado e se necessário adaptarmos o currículo para continuarmos oferecendo uma educação de qualidade, dentro das necessidades do aluno.


Ao Psicopedagogo

    Diante das observações realizadas em sala de aula pela professora, conforme descrição abaixo, solicitamos uma avaliação do aluno João Vítor Fernandes.
     O aluno é uma criança educada, carinhosa que tem bom relacionamento com a professora, realiza as cópias da lousa vagarosamente sem se preocupar com o tempo, compreende o que lê, apresenta-se disperso durante toda a aula, necessitando ser cobrado constantemente, espalha todo o seu material e outros objetos pessoais pela sala enfrentando muita dificuldade para reorganizá-los, tem habilidade para escrever, mas, sua grafia é de difícil compreensão, no que se refere à ortografia, ainda troca algumas letras e realiza as cópias com muitos erros, apresenta abstração em matemática e sua comunicação oral é perfeita.
Em sala de aula, seu relacionamento é passivo, oferecendo dessa forma margem para uma boa sociabilidade. Ele é querido por todos do seu grupo, participa das aulas de educação física e das atividades extra classe com bom aproveitamento, interage com os demais alunos da escola fora do ambiente de sala de aula, faz amizade com facilidade.
Os pais participam da vida escolar do aluno e estão dispostos a ajudá-lo, se necessário.
O principal motivo do encaminhamento é falta de concentração e organização com seus pertences e dificuldade ortográfica.


Obs: Todos os nomes utilizados em ambas cartas são fictícios.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Estágio

            


     O estágio oportuniza a convivência com a prática. Esse primeiro contato com o ambiente escolar é de fundamental importância para a vida do estagiário, pois fornece uma aproximação com a realidade, além disso, o convívio direto com os alunos proporciona um aprendizado significativo para a nossa formação e nos possibilita reconhecer os papéis atribuídos aos profissionais. 
        Assim, a teoria e a prática preparam o pedagogo para interagir com a realidade do seu futuro campo de trabalho, construindo parâmetros para sua identidade profissional, vivenciando atividades relativas ao processo de ensino aprendizagem, tomada de decisões frente a problemas que surgem na sala de aula e na escola.